top of page
20190722Kathte-0001-26-Pano.jpg

PORTUGUÊS

A Catedral de São Florim em Vaduz

História da catedral

Desde a Idade Média havia em Vaduz uma capela, dedicada a São Florino, que por volta do ano de 1250 passou a ser cuidada por um padre da paróquia vizinha de Schaan. Quando a capela, que hoje já não existe, tornou-se demasiado pequena e deteriorada, construiu-se em 1873 a igreja paroquial de São Florim em Vaduz durante a regência do Príncipe João II "o Bondoso" do Liechtenstein: Vaduz tornou-se assim uma paróquia independente. Em 1997, a igreja foi promovida a Catedral do recém-criado Arcebispado de Vaduz, sob a direção do Arcebispo Wolfgang Haas. O edifício neo-gótico, financiado pelo Príncipe do Liechtenstein e pelo concelho de Vaduz, foi construído segundo o projeto do arquiteto vienense nascido na Alemanha, Friedrich von Schmidt, e sob a direção do arquiteto vienense Ignaz Bankó. O estado atual corresponde à extensa renovação interior levada a cabo entre 1965 e 1968 sob a direção do Padre Ludwig Schnüriger.

20190722Kathte-0416.jpg

Liturgias na catedral

 

Domingos e feriados:     8.00 Santa Missa
                                          9.30 Santo Ofício
                                          17.00 Vésperas

Segunda-feira:     18.30 Possibilidade de confissão e

                                         rosário
                               19.00 Santa Missa

Quarta-feira:        18.30 Possibilidade de confissão
                              19.00 Santa Missa

Quinta-feira:        18.30 Rosário

Sexta-feira:           18.00 Adoração Eucarística
                               19.00 Santa Missa

Sábado:                 8.00 Santa Missa
                              17.00 Possibilidade de confissão
                              18.00 Missa de véspera

Aberta todos os dias das 7h30 às 20h00

A capela-mor

A Catedral de Vaduz segue os preceitos da tradição da construção católica direccionada para Leste ou seja, para o Oriente: ela está orientada. O sol que nasce na janela central ao domingo de manhã simboliza, assim, a ressurreição de Jesus Cristo. Como em todas as igrejas católicas, a essência da catedral é o tabernáculo no altar-mor, onde Jesus Cristo está fisicamente presente na Eucaristia.

 

As janelas da capela-mor, concebidas por Martin Häusle, são deliberadamente mais escuras do que as da nave e representam cenas bíblicas do Antigo e do Novo Testamento. Por baixo da janela central encontra-se o altar-mor, no qual estão representados os quatro evangelistas e os seus símbolos, já na lateral temos São João (o Batista) e São Florêncio. Ao lado, na parede, encontram-se as estátuas barrocas dos príncipes apóstolos São Pedro e São Paulo. Desde 1965, existe também um altar independente mais à frente.

No lado sul do coro da Catedral, encontra-se o camarote real, um pequeno oratório anexo ao lado, onde a família principesca participa dos serviços religiosos.

Em 2010, foi erigida a cathedra no lado norte: a cadeira episcopal que dá nome à catedral.

O ambão para a proclamação da Palavra de Deus (lado sul) e o púlpito para o sermão (lado norte) situam-se junto aos degraus de acesso à capela-mor.

A nave

Ao sul da capela-mor, junto à pequena porta lateral, encontra-se o altar da Virgem Maria. Sob a estátua da Virgem Maria, do século XV/XVI, estão expostas no relicário algumas relíquias da catedral.

Ao norte da capela-mor encontra-se a pia batismal, sobre a qual estão representados Deus Pai (em torno de 1650) e o Espírito Santo. No interior da igreja há várias imagens de santos: Santa Ana, padroeira da Confraria de Vaduz que é a ela dedicada, e, ao lado oposto, São Cristóvão; a Coroação da Virgem Maria, bem como Santo António e São Judas Tadeu; e, finalmente, a Via Sacra criada em 1966/67.

Nos arcos da abóbada estão representados vários símbolos de Cristo e do Seu sacrifício redentor. Partindo da entrada (acima do órgão), são os seguintes:
- um unicórnio, que simboliza a virgindade de Maria, Mãe de Deus;
- a fénix que se ergue do fogo; 
- o leão que, segundo crenças antigas, dá vida às suas crias natimortas;
- o pelicano, que, segundo uma crença igualmente antiga, distribui o seu próprio sangue pelas crias;
- o Cordeiro de Deus com o estandarte de Cristo;
- e, finalmente (na capela-mor), o Pantocrator, Jesus Cristo como soberano do mundo.

20190722Kathte-3764-HDR.jpg

O órgão da catedral foi construído em 1872-74 sob a direção do compositor de Vaduz Josef Gabriel Rheinberger, por este motivo o seu nome: Órgão Rheinberger.

 

Por ocasião da inauguração da catedral o príncipe do Liechtenstein doou quatro sinos: estes são dedicados a diversos santos (São João, Nossa Senhora, Lúcio de Coira e São Florino) e convidam à oração e à devoção. No ano de 1965 foram acrescentados outros dois sinos: um sino mais pequeno, de anjo da guarda, e o sino mais pesado, com mais de 6 toneladas, em honra da Santíssima Trindade.

O nosso santo padroeiro: São Florino

Na entrada da catedral, abaixo da tribuna do órgão, há um nicho no lado norte com um busto-relicário de São Florino. O santo padroeiro da catedral viveu no século VII, cresceu em Matsch im Vinschgau (Tirol do Sul, atual Itália) e foi pároco de Remüs. Diz a lenda que, um dia, durante a sua aprendizagem fora encarregado de levar um jarro de vinho do castelo até o pároco e, no caminho, deparou-se com uma pobre mulher que pedia ajuda para o seu marido doente. Movido pela compaixão, entregou-lhe o seu vinho e, em seguida, com grande fé em Deus, encheu o seu cântaro de água. Quando foi despejar a água, esta tinha-se transformado em vinho pela graça de Deus.

O emblema da paróquia de Vaduz, concebido pelo padre Ludwig Schnüriger, também faz lembrar a lenda de Florino: um cálice em que as cores de Vaduz, vermelho e branco, estão ao revés.

No nicho onde se encontra a relíquia do santo pode acender-se uma vela e pedir por sua intercessão.

 

São Florino, rogai por nós!

Arredores da catedral

Duas escadarias laterais conduzem ao portal principal da catedral, sob o qual se encontram, desde 1961, esculturas de bronze do artista Hans von Matt, que representam a Virgem Maria com o Filho de Deus recém-nascido e falecido, Jesus Cristo.

Na praça de cascalho ao lado da catedral encontra-se a cripta principesca, construída em 1958-60 para servir de local de sepultamento da família principesca. A entrada para a cripta situa-se atrás de um portal de bronze com uma representação em relevo da ressurreição de Lázaro. Todos os anos, no dia de Todos os Santos (1° de novembro), é aberta ao público para homenagear os mortos.

bottom of page